Porque eu amo tanto Bazar e Brechó?!
- Larissa Queiroz
- 18 de nov. de 2019
- 4 min de leitura
Além de economizar na hora de comprar novas integrantes pro seu guarda-roupa, esse modelo de consumo pode ser uma alternativa mais sustentável para o planeta.

Ooi oi oi meu povo, tudo bem com vocês? Quem me segue no Instagram sabe que eu amo uma peça de bazar, eu sempre mostro muitos achadinhos por lá, aproveita que toquei no assunto e já me segue nas redes sociais, Instagram, Pinterest, Youtube e claroooo assina a newsletter aqui do blog para você receber todos os conteúdos em primeira mão. Mas calma que não foi disso que vim falar, o assunto aqui é Brechó e Bazar!
Como tudo começou...

Vender produtos usados nas feiras ao ar livre não é um costume recente, na verdade elas tiveram origem em Paris, no chamado “Mercado das Pulgas". As lojas de antiguidades e roupas como conhecemos hoje surgiram no século XIX e se tornaram muito populares nesse período, afinal diversos países passaram por crises provocadas pela Primeira e Segunda Guerra Mundial o que afetou diretamente o comércio e a produção do vestuário. No Brasil, a origem da palavra “brechó” surgiu no Rio de Janeiro, com uma loja chamada Casa do Belchior que ficou conhecida por vender roupas e objetos de segunda mão. Logo o termo “loja de belchior” começou a ser disseminado e evolui para o que hoje chamamos de “brechó”. Você sabia disso?
BAZAR x BRECHÓ x BRECHÓ DE LUXO
Eles não são a mesma coisa e eu vou te explicar porque. O Bazar é um local de venda de roupas usadas e até novas, mas sem muita organização, podendo ter ou não lugar fixo, normalmente mais bagunçado, com peças amontoadas e sem muita seleção. E adivinhem, são meu tipo favorito, neles que encontro as melhores peças a preço de banana (literalmente, preços a partir de R$1 ou R$5). Confesso que é preciso tempo, foco, determinação e muita paciência para garimpar, é uma verdadeira caça ao tesouro em busca de peças autênticas e exclusivas, mas sempre acho as minhas. Os brechós funcionam mais como as lojas fixas, com curadorias de artigos usados, que podem ser roupas, calçados, objetos de arte, decoracão, acessórios e etc. Os preços geralmente são um pouco mais caros que nos bazares, mas ainda assim, bem mais em conta do que nas lojas convencionais, com o diferencial do estilo e da exclusividade da moda vintage. Existe ainda uma categoria de brechó mais chic, o de luxo. Os donos desses brechós tem um cuidado todo especial para selecionar as melhores peças, sempre em perfeito estado e geralmente de grifes renomadas como Chanel, Balenciaga, Prada e etc. É bapho, mas não é barato.

Vintage is the new black! O que eu quero esclarecer com esse post é que é super possível sim, encontrar tendências atuais nas peças "velhas" do bazar ou brechó do seu bairro, caça que cê acha! A moda é cíclica vai e volta o tempo todo, basta analisar as fotos antigas das nossas mães para ver a efemeridade de tudo isso, como as tendências se repetem e se renovam. Os anos 80, 90 e 2000 nunca estivem tão em alta como agora, isso prova como o vintage pode ser cool e atual. Não é difícil encontrar roupas que seguem a tendência nos brechós e digo mais, com melhor qualidade, pois sabemos que as peças antigas eram feitas para durar, diferente do que são hoje, além claro do menor preço para você e para o planeta. Roupa de defunto! Sempre rola aquele papo: "Ah mas roupa de brechó vem cheia de energia ruim, não sei por onde passou ou a quem aquela peça pertenceu." Miga deixa eu te contar um segredo, lavou tá novo, energia pior você atrai comprando aquela blusa baratinha de uma fast fashion que incentiva o trabalho escravo e a exploração. #ficaadica

Praticando Moda Consciente A gente já sabe que a indústria da moda é um dos setores que mais polui no mundo, o segundo para ser mais exata e esse consumo desenfreado, sem responsabilidade social e ambiental gera danos permanentes ao nosso planeta, adquirir peças atemporais e de boa qualidade já é um ótimo jeito de começar a ser mais consciente. A realidade é que "nada é mais sustentável do que uma peça que já existe." Esse é outro ponto importantíssimo que me faz amar ainda mais essa forma de consumir a moda.
Porque não dá uma vida mais longa aquela peça? Desviciar o olhar do que querem que a gente compre, exercitar a criatividade e fugir do comum? Cuidado e zelo Nesses bazares adquiro muitas peças que precisam de pequenos ajustes, reforma ou transformação. São peças que sem o cuidado necessário iriam para o lixo e sabemos que determinados tecidos demoram centenas de anos para se decompor. Uma peça adquirida e reformada é menos um lixo no nosso belo planeta, além de agregar estilo e novo valor a peça e ao seu guarda-roupa.

DICA DE SÉRIE para ir se inspirando nos Brechós... GIRLS BOSS Quem é amante da moda como eu vai amar as referências e figurinos de Girl Boss. A série da Netflix tem apenas uma temporada e é baseada na trajetória de Sophia Amoruso, uma garota que começou a vida vendendo roupas antigas no eBay e hoje,
tem uma marca multimilionária baseada em Los Angeles. Super divertida e inspiradora, vale conferir. Você já viu? Me conta o que achou.
Nesse post tentei explicar para vocês um pouco mais sobre esse universo, espero que eu tenha te ajudado de alguma forma a entender um pouco mais sobre o assunto, se tiver alguma dúvida, sugestão ou quiser saber mais, comenta aqui em baixo, vamos conversar! :)
Até breve, Lari.
Amoo, a maioria das minhas roupas agora são de bazar. E acho um luxo! haha